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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Frio toma conta do Sertão de Pernambuco e grande parte do Estado


Inverno deste ano é mais rigoroso que anteriores. Longo período de chuvas permitiu a temperatura baixar e umidade diminui a sensação térmica

Os casacos dos pernambucanos vão passar mais tempo fora do armário neste ano. O inverno, mais rigoroso que o de 2016, tornou-se assunto na maioria das cidades do Estado, principalmente no Agreste. São temperaturas absolutas baixas combinadas com chuvas insistentes e os ventos bravios.

Até ontem, o recorde do Estado estava no termômetro de Triunfo, no Sertão, que atingiu 14,1ºC, segundo a Agência de Climas de Pernambuco (Apac). Mas moradores de outras cidades, que não têm estações meteorológicas oficiais, acusaram ter visto o medidor chegar a menos que isso, como é o caso de Bezerros, no Agreste. O distrito de Serra Negra teria apontado os 10ºC, mas estação oficial na cidade é do Instituto de Agronomia de Pernambuco e só mede níveis de chuvas. 

Em Garanhuns, os moradores comentam que não viram tanto frio nos últimos dez anos. As temperaturas variam entre 16ºC e 20ºC há cerca de um mês. “No ano passado tivemos uns 30 dias de inverno, com pouca chuva. E aí quase um ano de verão. Atualmente há uma garoa permanente que começou há mais de um mês e se mistura com a baixa temperatura. Está muito mais frio”, comentou o construtor Paulo Brasileiro.

No Recife, são os ventos, com picos de velocidade entre 40/h e 50 km/h, que baseiam as conversas sobre o tempo. Reflexos de uma mudança, não tão rara, num sistema anti-ciclone existente que chega no litoral pernambucano. “É onde o vento gira no sentido anti-horário, no sul do Oceano Atlântico. Às vezes ele sobe e aparece no nordeste brasileiro. É um movimento lento, tanto para vir quanto para ir embora. Então nós vamos sentir ele mais fraco aos poucos, não vai acabar de vez”, explicou o meteorologista da Apac, Fabiano Prestrelo. 

Sobre o frio que se tornou comentário em todo o Estado, Prestrelo explicou que o inverno deste ano realmente está mais severo. “Passamos mais tempo com chuvas e isso permitiu que a temperatura baixasse. No ano passado, a falta de chuvas teve efeito contrário.” 

Os prédios e os ventos

O urbanismo tem um papel crucial na disposição dos ventos das cidades. Cidades grandes, como o Recife, com avenidas extensas e prédios de vários andares levam à canalização dos ventos e os tornam mais fortes que quando chegam no litoral. “Por isso a Zona da Mata recebeu ventos fortes mas não teve tantos estragos”, 

completou Prestrelo. Só ontem, 32 árvores caíram na Capital, segundo a Emlurb. 
Dentro do Recife, a estação meteorológica que vem registrando ventos mais fortes é a da Várzea, na Zona Oeste da Cidade. Isso porque o vento é canalizado do litoral até o local, próximo à fronteira com Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes. “Tem o lado bom, que é ter essa canalização durante o verão, abrandando o calor da Cidade. E o lado ruim que é esse, quando chega o inverno e os ventos ficam rápidos demais”, completa o meteorologista.

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